Uma miríade de pensamentos se apossou da minha alma sôfrega!Tento compreender o que compreendido não se quer, o meu espelho aflito, não reflete sol, antes penumbras de confusão latente, de um espírito atúrdido, de uma alma enlameada nas frustrações do feito e na desilusão da não concretização do sonhado!
Como perceber este reflexo sombrio de uma outrora pujante luz?Não sei, fustiga-me não saber, qual seixo molhado e escorregadio assim se apresenta...
Consigo perceber pegadas de história, de sensações extremadas...porque alugas tu ó espelho as tuas divisões à saudade?Às memórias e às desilusões acionadas pela constante repetição das mesmas falhas?
Vejo-te usurpar as trevas, a apossar-te de lodo, a comer migalhas e a definhar, a empalidecer e a roubar à vida o que à tua existência estava reservado.
Afugenta de ti o negrume que te tenta cercar.Não tornes opaca a luz que ainda aí reside, volta a brilhar, não por mim, nem para mim, nem para os outros, todos ou alguns.Se o fizeres, fá-lo por ti, fá-lo pela luz, fá-lo por uma cruz...fá-lo mais uma vez por ti e por esse ..."o meu espelho aflito"!
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